Sereia na Concha
O Mistério de Iemanjá e Oxum
No Candomblé, a imagem da Sereia na Concha evoca a essência profunda de duas grandes Orixás: Iemanjá e Oxum, que juntas representam a riqueza e o mistério das águas. Esta representação é um portal para a sensibilidade e a intuição, um convite a mergulhar nas profundezas do ser.
O Colo Materno das Águas
A concha, protetora e acolhedora, simboliza o ventre materno de Iemanjá, a Rainha do Mar. Ela representa o acolhimento, a nutrição e a proteção que Iemanjá oferece a todos os seus filhos. A Sereia aqui é a própria manifestação de sua amplitude e de sua generosidade infinita, trazendo a calmaria e a sabedoria das marés. É um símbolo de renovação e de fluxo constante, lembrando-nos da capacidade de superação e de adaptação.
O Encanto e o Ouro das Águas Doces
Ao mesmo tempo, a Sereia na Concha também pode evocar a beleza e o encanto de Oxum, Senhora das águas doces e do ouro. Ela representa a fertilidade, o amor incondicional e a prosperidade. A concha, nesse sentido, pode ser o receptáculo de sua doçura e de seu brilho, refletindo a capacidade de atrair a abundância e a alegria. É um lembrete da importância de cultivar a beleza interior e de valorizar os afetos.
Um Convite à Harmonia
Assim, a Sereia na Concha no Candomblé é uma imagem rica em simbolismo, que nos conecta com a fluidez da vida, com o poder da emoção e com a força da criação. Ela representa a harmonia entre a proteção e a doçura, entre a profundidade do oceano e a leveza dos rios, convidando à conexão com o divino feminino e à celebração da vida em sua plenitude. É um chamado para ouvir a voz das águas e permitir que elas guiem nossos caminhos com sabedoria e serenidade.
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